A retinopatia de Valsalva é caracterizada por hemorragia tipicamente localizada sob a membrana limitante interna, secundária a manobra de Valsalva. O aumento súbito da pressão intratorácica que se segue a uma manobra de Valsalva causa um aumento brusco na pressão venosa intraocular, conduzindo a rotura espontânea dos capilares retinianos. Pode surgir hemorragia vítrea e subretiniana.
Os sintomas variam desde queixas de floaters com diminuição de visão a perda total de visão. As manifestações unilaterais são mais comuns, mas também surgem casos bilaterais.
O prognóstico é geralmente bom e as hemorragias prerretinianas geralmente resolvem-se por si mesmas, em poucas semanas, ou em poucos meses.
Os doentes com patologias oculares (anomalias vasculares retinianas adquiridas, doenças vasculares retinianas congénitas, miopia moderada e elevada) têm um risco aumentado para a retinopatia de Valsalva. As causas relatadas de manobra de Valsalva incluem tosse, levantamento de pesos, vómitos, “bungee jumping”, exercício aeróbico, actividade sexual, procedimentos para colonoscopia, gastroenteroscopia, obstipação, instrumentos musicais de sopro e lesões por compressão.
Diagnóstico Diferencial: Descolamento posterior do vítreo com hemorragia; Macronaneurismas.