A vitreorretinopatia exsudativa familiar (FEVR) é uma distrofia vitreorretiniana de transmissão autosómica dominante. É mais comum na primeira década de vida e, apesar das alterações serem bilaterais, o seu desenvolvimento é assimétrico.
A FEVR é caracterizada por alterações na interface vitreorretiniana e isquémia periférica da retina, geralmente na área temporal.
Esta doença é diferenciada em três estadios clínicos: no estadio I os doentes são assintomáticos e há alterações na interface vitreorretiniana e nas áreas avasculares periféricas; o estadio II é proliferativo e exsudativo, no qual podem ser observadas neovascularização, proliferação fibrovascular e exsudação sub e intrarretiniana; no estadio III a lesão cicatricial provoca descolamento tracional e regmatogénio da retina e pregas falciformes.